quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS NAS OPERAÇÕES DO DIA-DIA


Carla Gabrielle Nascimento.


Discente do curso de Licenciatura Plena em Matemática da UEPA



Felipe do Carmo Pastana.


Discente do curso de Licenciatura Plena em Matemática da UEPA



Luan Pedro Moura Ramos.


Discente do curso de Licenciatura Plena em Matemática da UEPA



Universidade Estadual do Pará.



Matematicauepa.blogspot.com





RESUMO
Este artigo tem como propósito mostrar como a resolução de problemas, aplicada nas operações matemáticas, é de fundamental importância para a Educação Matemática. Seu objetivo é estimular a curiosidade e aproximar o aluno do cotidiano, fazendo-o ver que a matemática está presente dentro e fora das salas de aula, tornando, assim, o aprendizado mais eficiente e menos repetitivo. A prática constante da resolução de problemas também deverá levar o aluno: a interpretar o enunciado da questão que lhe é proposto, a estruturar a situação que é apresentada, a fazer transferências de conceitos para resolver novos problemas.


Palavras – chave: resolução de problemas, educação matemática, operações matemáticas.


A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS EM OPERAÇÕES MATEMÁTICAS

O estudo das operações é a introdução do estudante ao universo dos números. A resolução de problemas em si é responsável por desenvolver o raciocínio. Aliando-as, o aluno conseguirá uma maior produtividade em matemática, tendo como finalidade tornar as aulas mais interessantes e desafiadoras e conseguir diminuir a antipatia que alguns alunos sentem ao passarem pelo estudo dos cálculos, pois um dos seus objetivos é proporcionar uma boa base matemática a quem se dispõe a aprender.


“Os sinais + e – modificam a quantidade diante da qual são colocados como o adjetivo modifica o substantivo” (Hilbert, 1938). As operações matemáticas são o início da aprendizagem da matemática, a origem, depois do estudo dos números. Tão importante quanto o significado das palavras e o ensino das classes gramaticais na língua portuguesa aplicados pelo professor nas salas de aula.


As operações são básicas, quatro operações: Adição (+), Subtração (-), Multiplicação (x) e Divisão (÷). Independente da profissão escolhida, estudar as Operações Matemáticas é como ser alfabetizado em matemática e saber que ela está presente em tudo a nossa volta é gratificante, desde o cálculo de um simples troco até o preparo de uma complexa receita de bolo. A matemática é universal. A adição possui idéia de somar, juntar, unir, reunir objetos, pessoas, números, etc. A subtração tem por objetivo tirar algo, noção de perda, de comparação. Multiplicar significa dobrar muitas vezes, os principais verbos que sugerem multiplicação: duplicar, dobrar, triplicar, quadruplicar, quintuplicar, centuplicar, replicar, redobrar, repetir, etc. A divisão é usada toda vez que a intenção do problema abordado for de repatir, fracionar, fragmentar, separar, formar grupos, etc.


Para um maior aprendizado, utilizaremos aqui o Método de Polya, pioneiro ao discutir a resolução de problemas na década de 40. Suas idéias inovadoras foram decisivas no ensino da resolução de problemas acarretando no enriquecimento para fontes de novas pesquisas. O autor aposta em uma estratégia de perguntas e respostas para facilitar o desenvolvimento da aptidão matemática e aborda quatro fases de trabalho:


1. Compreensão do problema – é preciso compreender o problema.
2. Estabelecimento de um plano – precisamos encontrar a conexão entre os dados e a incógnita. Quando esta conexão não é visualizada de forma imediata podemos considerar problemas auxiliares.
3. Execução do plano – o plano deve ser executado.
4. Retrospecto – a solução obtida precisa ser analisada.


E para isso, segundo o autor, é preciso:


• Fazer o aluno pensar produtivamente: Situações problemas que envolvam, que desafiem e motivem a resolução.


• Desenvolver o raciocínio do aluno: Desenvolver no aluno a habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela.


• Ensinar o aluno a enfrentar situações novas: Ensinar apenas conceitos e fórmulas complexas não é um bom caminho. Preparar o aluno para lidar com situação – problema.


• Dar oportunidade de se envolver com as aplicações da Matemática: Logo nos primeiros contatos com a Matemática, os alunos começam a detestá-la ou tornam-se indiferentes a ela. Pouco envolvimento dos alunos com aplicações. Dar oportunidade de usar a matemática no dia-a-dia.


• Tornar as aulas de Matemática mais interessantes e desafiadoras: Buscar a solução de um problema é desafiador.


• Equipar o aluno com estratégias para resolver problemas: Estratégias que se aplicam a um grande número de situações.


• Dar uma boa base matemática as pessoas: Formar cidadão alfabetizados em matemática, que saibam como resolver problemas do seu dia-a-dia.


PROPOSTA DE ATIVIDADE EM SALA DE AULA


No estudo da matemática nos dias atuais é mais que imprescindível o exagero de inovações para assim, despertar o interesse e instigar a capacidade de cada aluno. Para isso, a habilidade de cada professor em conhecer as dificuldades e trabalhá-las em cada aluno é fundamental.


Dessa forma, sugerimos que o ensino desse assunto seja direcionado à prática, ou seja, na aplicação maciça de exercícios que dêem experiência e a habilidade que cada estudante necessita para ter um bom convívio com os números posteriormente: O professor apresenta ao aluno os números de 1 à 5 recortados na cartolina ou em papel, juntamente com os símbolos necessários para se formar as operações ×, ÷, −, + e o sinal de igualdade =. O educador deve inserir seus alunos no cotidiano, ou seja, defrontar os estudantes com a sua realidade: Rayla tem no quintal de sua casa um açaizeiro, sua mãe pediu que enchesse cinco saquinhos de caroços de açaí para juntar com os quatro sacos que ela tem em mãos. Quantos sacos de açaí existem?


Nesse problema o professor tem que auxiliar os alunos a identificar qual a operação a ser trabalhada e quais os números que ele vai precisar para resolver essa situação. Utilizando o Método de Polya: Compreensão do problema, estabelecimento de um plano para resolução, execução do plano e retrospecto. Da mesma forma ele poderá explorar a subtração, a multiplicação e a divisão. Descobrindo novas formas de aplicar a matemática no cotidiano e permitindo que o aluno participe ativamente das aulas práticas o mestre conseguirá explorar as dificuldades de cada aluno contrapondo-se aos resultados obtidos na resolução de problemas, conciliando as duas balanças e equilibrando as habilidades e as dificuldades encontradas.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Abordar a resolução de problemas e os seus objetivos fazem brotar a vontade de estudar matemática. Espera-se que esse trabalho facilite a aprendizagem do aluno no estudo das operações matemáticas, ajudando a enfrentar situações de problemas novos, e com a prática, estará apto a resolver qualquer situação-problema. Concluímos que ao aproximar os problemas matemáticos do cotidiano do aluno, causaremos neste o interesse de solucionar um problema assim, o aproveitamento terá um aumento exponencial.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


DANTE, Luiz, Didática Da Resolução De Problemas De Matemática, 12ª Ed., São Paulo, Ática, 2002


POLYA, George. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.


BIGODE, Antônio José Lopes, Matemática hoje é feita assim, São Paulo,FTD, 2000


MEDEIROS, João Bosco, Redação Científica: a prática de fichamentos resumos, resenhas, 10ª Ed., São Paulo,Atlas.